Provavelmente você já jogou GTA sem seguir as regras e acontecimentos da história, apenas saindo
pelo mapa matando todo mundo que aparece, explodindo coisas e gerando o maior caos, no
objetivo mais de se divertir do que qualquer outra coisa. Just Cause é um jogo focado nisto, no caos,
na destruição e principalmente nos épicos momentos cinematográficos. Isso tudo não quer dizer que
o game não tenha uma história ou que ela seja genérica. Pelo contrário, a desenvolvedora conseguiu
introduzir uma narrativa que combina perfeitamente com o estilo do jogo.

O tema é revolução. Rico Rodríguez, seu personagem, Mario, Dimah e outros, formam o grupo de
revolução. Os rivais, são os milhares de soldados comandados pelo ditador Di Ravello.

O país fictício de Médici, situado na América Central, é dividido em diversas ilhas, que contém
pequenas cidades e bases militares. Para liberta-las é necessário destruir outdoors, estátuas e todas
as outras divulgações e adorações da imagem do ditador. Além disso, também é necessário invadir
bases policiais e destruir geradores de energia e pontos explosivos. Como todo ditador totalitário, Di
Ravello não aceita opiniões contrárias e qualquer oposição, portanto, se algum de seu soldado te
avistar, não hesitarão em puxar o gatilho no mesmo segundo.

Rico conta com um vasto arsenal de armas e explosivos para uso. Existem as primárias, secundárias
e aquelas especiais, que contém pouca munição, mas um poder imenso, como: bazucas e outras do
mesmo estilo. Você pode ganhar novas habilidades para as armas muitas outras coisas (não vale só
para elas, mas para todos os veículos e mecânicas de locomoção) fazendo desafios espalhados pelo
mapa. Ao concluir, você ganha engrenagens, que são usadas para desbloquear esses upgrades.
Existem veículos para todos os meios possíveis. Para o ar: Aviões, helicópteros e jatinhos; no solo:
motos e carros (de todos os portes); para a água: barcos e jet skis. Mesmo com tantos transportes, a
locomoção do personagem é bem fluida. O jogador tem a opção de usar um paraquedas,
juntamente de uma asa delta e um dispositivo de cordas, para se prender em superfícies ou apenas
se impulsionar. A movimentação é sem dúvidas, um dos maiores acertos do jogo.

Minha crítica sobre o jogo é algo que vale para toda a franquia Just Cause, no caso: o modo como ele
te introduz. Você já inicia a história no meio de uma missão, sem explicação nenhuma das
mecânicas, ele não te mostra que o botão direito não serve para mirar, mas para atirar cordas e nem
mesmo ensina como pilotar um helicóptero (coisa que é necessária logo na primeira fase). Por algum
motivo, a desenvolvedora espera que você já saiba fazer tudo. Isso é um ponto negativo gigante, pois
eu mesmo larguei Just Cause 2 e 3, por falhar repetidamente na primeira missão e ficar sem saber o
que fazer. Por sorte, dei mais uma chance para os jogos, que hoje, entram no meu Top 10 favoritos
de todos os tempos. Um pequeno tutorial nunca fez tanta falta!

Pontos positivos:
+gráficos lindos;
+otimização impressionante;
+história: acaba no momento certo e consegue ser engraçada sem saturar;
+dublagem;
+mundo aberto.

Pontos negativos:
-Repetitivo em certos momentos;
-Muitos Bugs: a maioria não atrapalha tanto na gameplay, mas mesmo assim podem ser irritantes;
-As mecânicas para dirigir no teclado são difíceis e mal feitas;
-Problemas de crash.